quinta-feira, 9 de junho de 2011

Somos ou não insubstituíveis?

Várias vezes escutamos a frase de que ninguém é insubstituível e gostaria de discutir sobre isso. Já vi uma vez na Internet um texto que vai contra essa afirmação dando vários exemplos. O Einstein era substituível? O Papa João Paulo II? O Airton Sena? O Pelé? Para todos eles vieram outros, os quais continuaram o que eles faziam, mas nunca os substituíram. Todos nós somos únicos, carregamos toda uma herança genética dos nossos ancestrais, carregamos experiências únicas de vida e conseguimos conhecimentos únicos. Cada informação captada na vida é transformada em conhecimento comparando-se com outras informações e experiências que já tínhamos, logo, nós somos únicos em conhecimento, somos sim insubstituíveis. Cabe aos líderes, aos empresários, etc. entenderem isto e saberem valorizar essas pessoas que são insubstituíveis para a sua empresa, para o seu negócio. Quando um líder reconhece os pontos fortes do seu colaborador e os aproveita em benefício da organização, quando o líder reconhece os pontos fracos do seu colaborador e os trabalha para melhorar o indivíduo, estará aproveitando a experiência e conhecimentos desse indivíduo. Primeiro, definir as responsabilidades inerentes ao cargo desse indivíduo, em seguida dar a autoridade necessária para que o indivíduo possa agir em busca de resultados para essas responsabilidades. Quando o líder define claramente as responsabilidades e dá a autoridade ao seu colaborador está o motivando, tornando-o criativo e sem medo de errar, focado em resultados. Isto o faz crescer, tornar-se pro - ativo. O líder estará tornando o seu colaborador sim um indivíduo insubstituível para aquele cargo e naquele momento profissional. Claro que mudanças no mercado acontecem alterando os resultados necessários, as responsabilidades mudam e, portanto, mudam as autoridades. Isto não significa que necessariamente se substituirá o colaborador. Ele é insubstituível pela sua experiência, pelos seus conhecimentos, cabe ao líder o re-alocar, alterar as suas responsabilidades e autoridades, etc. Chega de vermos gerentes, diretores e não líderes, cobrando responsabilidades dos seus colaboradores, contudo ingerindo nos processos, desfazendo o que eles fazem, dando contra-ordens, etc. Isto desmotiva o profissional, o torna um robô sem criatividade, aquele colaborador que não agirá sempre pensando o que o gerente, diretor, irá desfazer. Esses colaboradores tornar-se-ão sim substituíveis como qualquer máquina já que se tornaram robôs e não indivíduos. O individuo é sim insubstituível, uma máquina não. Não transforme o seu colaborador numa máquina que pode se trocar fácil. Não esqueça que ao perder esse colaborador a sua organização está perdendo conhecimento, experiência, tornando-se menor no mercado. Eu sou insubstituível sim, sou único, sou o Filipe que aos 13 anos estava no meio de uma guerra civil, fui comecei a carreira profissional como “peão” batendo marreta, montando e desmontando motores, cheguei a gerente industrial, fui investigador de acidentes. Obtive com esse percurso conhecimentos que só eu possuo, por isso sou insubstituível. Não estou sendo “metido”, presunçoso, pelo contrário, sei ser humilde, apenas estou sendo realista, mostrando que Filipe só existe um. Você também, só existe você com os seus defeitos e qualidades e cabe a liderança reconhecer isto e olhar para você como um indivíduo com conhecimentos importantes para a organização e que deve ser valorizado como tal e não como um número que amanhã posso mandar embora e colocar outro. Toda a organização é feita de pessoas e não apenas de máquinas. Estas se podem trocar facilmente, é só ter dinheiro, o indivíduo com todo o conhecimento não se acha fácil apenas com dinheiro. Precisa-se motivá-lo, valorizá-lo, isto vale mais do que qualquer salário.