segunda-feira, 11 de abril de 2011

Critérios de contratação

Já quando atuava na aviação me irritava com a sopa de letrinhas ao se escrever. Também na área da qualidade de vê uma sopa enorme de letrinhas (APQP/PPAP, FMEA, 8D, MASP, QFD, etc.). Para quem é da área tudo bem, vai entender. O que questiono é nos anúncios de vagas as benditas sopas de letrinhas. Pior, se fossem siglas respectivas à área da vaga tudo bem, afinal o candidato deve sim conhecer o que é a sigla. Porém aparecem siglas características das ferramentas da empresa, não de origem da área como o exemplo da qualidade. Digamos que a empresa crie um processo chamado "Sistema de Busca das Causas de Problemas" e chame de SBCP. Pior coloca isso na descrição da vaga. Que absurdo. Já vi colaboradores do RH de empresas nem entenderem direito siglas normais da área da vaga, quanto mais de invenção da empresa. Os especialistas em RH ou Gestão de Pessoas não devem e nem têm condições de avaliar técnicamente o candidato e as empresas muitas vezes perdem ótimos funcionários porque a primeira peneira já é deficiente. Uma vez uma analista de RH tinha na descrição na vaga a necessidade de conhecimento em máquinas rotativas e perguntou ao candidato quais máquinas rotativas ele lidou e ao escutar sobre turbo-compressores perguntou se era uma máquina rotativa. Porque perguntar sobre o assunto técnico se nem conhece? Outra vez um professor do SENAI, altamente qualificado, não conseguiu uma vaga para manutenção da infraestrutura de uma grande indústria porque não tinha inglês fluente. Tudo bem que a empresa lidava com clientes dos EUA, mas a vaga era para manutenção da fábrica, da infra-estrutura, logo ele falaria inglês com as paredes, tubulações, utilidades? Perderam um enorme especialista porque a seleção era feita por pessoas e com critérios errados. Para as vagas deveriam haver requisitos básicos e critérios mais exigentes depois na fase de seleção junto á empresa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Guanchi, cultura chinesa do relacionamento

Primeiro escutamos tanto sobre economia global, sobre imediatismo, consumismo, cultura do já. Parece que o mundo vai acabar em 2012 e precisamos fazer tudo, consumir, viver no “corre-corre”. Este é o caminho correto? Não temos mais tempo para planejar, pensar, desfrutar dos resultados, pois já precisamos começar outras coisas. Nem tempo temos mais para “lições aprendidas” com os nossos projetos. Vemos pressa em tudo, a Qualidade perde longe para o prazo, para o já. Porém quero mostrar o como estamos indo no caminho errado. Eu pergunto qual é a nação que mais cresce no mundo? A China. Qual a nação que está envolta em problemas e com negras perspectivas? Estados Unidos. Vejam bem a diferença. O país de cultura milenar, adepto da paciência e tornando-se a maior potência do mundo. O outro adepto do consumismo, imediatismo e com previsão de falência absoluta até 2030 se não houver toda uma redução de gastos públicos, segundo a oposição do governo atual. Na China existe uma palavra fundamental que resume a cultura de relações de confiança a ser conquistada nos negócios. É o Guanchi. Empresas, pessoas, precisam criar o guanchi e este é conquistado depois de muitos anos de relacionamento. Os empresários europeus e americanos, incluindo o Brasil, querem fechar um negócio no tipo toma lá e dá cá. Na China leva anos de visitas, reuniões, discussões aparentemente sem fim, pois se está formando o guanchi. Empresas já perderem negócios importantes porque não souberam cultivar o guanchi com os chineses. Leva anos e a nossa cultura imediatista não nos dá paciência para cultivar o guanchi. Os chineses querem com a sua paciência formar bases firmes e de confiança e crêem que isto se consegue com o tempo e o guanchi, relacionamento, só se consegue com paciência. Como nós com essa cultura de consumismo, de pressa, de “corre-corre”, poderíamos ter o guanchi? Outra coisa, os chineses fazem pensando no seu país, são extremamente nacionalistas. A nossa cultura global nos tira essa visão do nosso, pensamos muito no mundo, nas relações com os outros países, aprendemos como nos comportar diante de outras culturas e não defendemos o nosso, não somos patriotas. Os Estados Unidos até são é muito patriotas e nacionalistas, mas perdem por causa do imediatismo, do consumismo, da pressa. Agora, quem está certo? Os chineses ou nós? È só ver quem está se tornando a maior potência do planeta.
Não está na hora de pisarmos no freio? Não está na hora de planejarmos mais e com foco no nosso? De esperarmos terminar um projeto, desfrutá-lo, aprender com ele e só então corrermos atrás de outro? De fazermos melhor guanchi com as outras empresas e pessoas? Precisamos fazer negócios, tarefas, planejamentos, etc com visão de médio e longo prazo e não de curtíssimo prazo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Doutor Lula

Não tenho nada contra o presidente Lula. Contra o seu governo até tive algumas coisas contra, faz parte da democracia. O que me revoltou foi o título de doutor dado a ele pela Universidade de Coimbra. Uma das mais conceituadas universidades do mundo dá um título de doutor a uma pessoa que nem a um curso universitário ele chegou, apenas por ter sido presidente de um país. Que absurdo. Tantos profissionais estudam tanto, gastam fortunas e tempo para chegar a mestre e depois a doutor, defendem teses, contribuem para a ciência, educação, etc. e um político que nem estudou na vida vira doutor. Talvez compense eu deixar os meus diplomas de lado e me candidatar a político. Poderei virar doutor. Para onde vamos neste mundo doido?