quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Nós e a religião

Discutir religião, futebol e política nunca tem fim, logo este texto não é para discutirmos, é apenas uma opinião minha...
 
A religião sempre foi necessária na existência humana para que nós tivéssemos um guia, um rumo espiritual. Entendermos que somos muito mais do que este corpo físico, que pertencemos a algo bem maior, que somos uma criação divina. O problema é que a religião foi criada por nós homens e, como homens, nós estamos sujeitos a falhas, a definições preconcebidas, julgamentos do que é certo ou errado sem nem sabermos realmente o que é certo ou errado. Se nós somos sujeitos a falhas e a religião é formada por nós, a religião também está sujeita a falhas.  Vemos padres pedófilos, vemos guerra pelo poder dentro da Santa Sé, o Papa renunciando, interesses que não fazem parte da igreja sendo levados em conta em detrimento do levar o amor do Pai a todos. Vemos Yatolás propagando o ódio a outras raças, fomentando o terrorismo em nome de Alá. Vemos pastores que só buscam enriquecer à custa de fiéis desesperados por um consolo, por uma luz que os ajude nos problemas diários. São donos de mansões, fazendas, graças ao tal do dízimo. Mas está na Bíblia. Quem escreveu a bíblia? Homens e, novamente, lembro que os homens têm a sua natureza falha. Imaginem, ao longo dos anos, interesses, conhecimentos diferentes, julgamentos, preconceitos serem introduzidos nas religiões fazendo a interpretação da Bíblia mudar.  Na idade média não tínhamos a inquisição perseguindo os diferentes quando Jesus disse que a eles é que ele veio. Influenciados pelo erro humano. Se a religião é formada pelo homem e este falha, a religião é falha também. Deus, este sim, não é falho, nele eu acredito, Ele eu sigo e para Ele eu peço luz para que tenha amor por todos como ele quer, que entenda que sou falho e que preciso da compreensão Dele neste caminho aqui na terra. Não é indo à igreja, ao templo, à mesquita, que eu estarei sendo mais escutado por Ele, é a conversa do meu coração com Ele, seja onde eu estiver, que é a maneira mais profunda desse contato. Como religiões cheias de defeitos, de seres humanos cheios de erros e pecados podem me dizer qual caminho tomar? Claro que é maravilhoso ir a uma igreja e naquele silêncio conversar com Ele, com os espíritos, anjos ou santos, a ligação é enorme, mas não sendo eu obrigado a seguir conceitos que nos dizem ser pecado se não o fizermos. Quem definiu que é pecado? O homem? E quem é ele para dizer isso? Se não fosse a religião a terra estava caótica, estava sem rumo, sem diretrizes de vida e conceitos como o da importância da família. Contudo estamos num nível de evolução que nos faz questionar por algo mais. Por isso temos tantas pessoas migrando de religião para religião em busca de algo que não sabem, mas que as religiões não lhes dão. Aquele padre, aquele pastor e, estes são bons nisso, que gritar mais, que ameaçar mais, que convencer mais que Deus é tirano e que os castigará, conseguirá cativar por algum tempo aquele fiel. Mas, logo perceberá que ali não é o caminho e migrará para outra religião em busca da Verdade. Se não se matar como homem bomba com a promessa de ir para o paraíso rodeado de mulheres, leite, frutas, etc. E qual é a verdade? Está dentro de nós, estamos aqui de passagem e com a função de evoluirmos espiritualmente, amar os outros como Ele nos ama, pagarmos nossas dívidas e sermos pagos pelos que nos devem (perdoai os nossos pecados assim como perdoo a quem nos tem ofendido). Não julguemos e não condenemos e perdoemos os outros e a nós mesmos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Posição da Qualidade numa organização

Mesmo num mundo falando em ferramentas mais avançadas para a melhoria das organizações como Six Sigma, Lean Six Sigma, etc. ainda percebemos um grande número de presidentes e diretores de empresas sem a visão sistêmica que a Qualidade exige. Ainda vemos altas direções falando tanto em controle da qualidade não entendendo que esta é uma parte da qualidade. Controle da qualidade é focada em controlar o processo e o produto para assegurar que atende os requisitos, as necessidades para o qual ele foi projetado. É direcionado ao produto, à inspeção, não abrange os conceitos de processos, de melhoria contínua como um sistema, de objetivos, metas e indicadores de desempenho a nível de organização. Normalmente o controle da qualidade foca a parte operacional da empresa, a execução do produto (o qual pode ser um serviço de logística, prestação de serviço, etc.). E aqueles processos de gestão e apoio, como Compras, RH, Comercial ou Vendas, etc.? Não interferem na qualidade final do produto daquela empresa? Aí vemos empresários ou profissionais de alta direção montando organogramas com a qualidade subordinada a operações, ou longe da alta direção porque eles só conhecem processos produtivos. Não entendem o que é um Sistema de Gestão da Qualidade que possue a visão sistêmica de envolver todos os processos. Por isso, ao entrar na atual empresa, a primeira coisa que fiz como gestor do processo foi pegar o processo da Qualidade e dividi-lo em dois, Controle da Qualidade e Garantia da Qualidade. A qualidade não deve se ater apenas ao produto e sim a todo o sistema da empresa com foco em que todos os processos que possam afetar a qualidade do produto estejam sendo avaliados. E quando a diretoria começa a tomar decisões envolvendo os processos sem ter esse conhecimento sobre a real posição da qualidade começa a comprometer a satisfação dos "steakholders" (interessados como acionistas, gerentes, funcionários, clientes, etc.). A Garantia da Qualidade serve justamente para ter essa visão sistêmica, para emitir recomendações visando a melhoria contínua da organização como um sistema dentro do qual estão todos esses processos que podem interferir na qualidade do produto. Se o processo da Qualidade estiver subordibado diretamente á produção, ou operações e longe da alta direção, a organizção está só pensando no Controle da Qualidade e não no Sistema de Gestão da Qualidade, pois não valoriza a outra parte, a Garantia da Qualidade. O processo da Qualidade deve ter insenção, imparcialidade, para poder olhar os processos com a visão do cliente, o qual ela representa, logo, como fazer isso se interesses de processos acima dela podem fazer com que essa autoridade esteja comprometida? Então a alta direção da empresa está só preocupada com a produtividade, com os resultados e não com a satisfação do cliente final e da sustentabilidade da empresa no mercado. Diversas empresas têm a qualidade posicionada entre a alta direção ou até mesmo como um processo assessor da direção para que possa emitir recomendações imparciais a todos os processo com uma visão sistêmica, identifiando todos como fornecedores e clientes internos alcançando os objetivos ou não e cobrando ações para isto.