segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Experiência

"E, no fim das contas, não são os anos na sua vida que importam, e sim a vida contida nesses anos - Abraão Lincoln"

Várias vezes escuto a minha mãe de 87 anos dizer que tem a voz da experiência, que sabe mais do que eu porque viveu mais, etc. O quanto nós realmente vivemos em cada minuto? Eu criança de 13 anos andava de arma na mão no meio de uma guerra civil, vi o sofrimento dos meus pais perderem tudo e na casa do 50 terem de começar uma vida nova em outro pais. Trabalhei para estudar, estudei muito para depois melhor trabalhar, desempreguei, briguei, apanhei por falar demais, a autoridade me subiu á cabeça, fui peão no chão de fábrica, lidei com presidentes de empresas, comandei equipes, investiguei acidentes aeronáuticos vendo imagens nada agradáveis, passei dias dentro da empresa sem ir em casa, enfim, vivi. Fiz vários esportes diferentes, pilotei aviões, conheci a morte na minha cara e, hoje, passei por problema grave de saúde que poderia ter me matado. Mas de tudo isso o que eu aprendi é a aprender. Precisamos aproveitar estes poucos anos que passamos aqui para nos transformarmos em seres melhores a amarmos mais cada segundo que estamos aqui e que lidamos com outros semelhantes. Precisamos ver nos outros o Deus que habita em cada um de nós, temos os mesmos ou mais defeitos do que eles e precisamos aprender conosco e passar essas lições aprendidas para eles. Mesmo que nos achem loucos, demagogos, "hippies", sei lá, temos de ser diferentes neste tempo aqui. Diferentes para nós mesmos, não para os outros. Identifiquemos o que aprendemos hoje, como podemos fazer melhor amanhã para que o amor entre nós seja cada vez maior e crie uma corrente do bem. Cada vez que pensamos positivo, nos policiamos contra o mal que nos rodeia, estamos irradiando energia que vai atrair o bem, aqueles que pensam no bem. Estaremos fazendo uma reação de amor em cadeia. Deixemos de ser egocêntricos, desde que nascemos aprendemos a ter medo de tudo, do cachorro na rua, de sujar a mão, de pegar uma corrente de ar, de saltar de páraquedas, de nadar, disto, daquilo, enfim aprendemos a não viver e logo esta vida se vai e não aprendemos nada e não passamos nada para os outros. O que levamos? Seja católico, muçulmano, evangélico, o que for, todos acreditam em alma e que vamos para algum lugar. O que levamos daqui? Não nos arrependemos e queremos voltar para acabar aquilo que não fizemos? Desejo que todos vocês aproveitem cada segundo, não pensem no passado a não ser que para buscar lições e não para se lamentar. Vivam o hoje com amor, energia, com o bem.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como olhar os outros

Alguns mais religiosos vão ficar bravos com algumas coisas que eu direi aqui, mas gosto de sair da caixa e fazer os outros também sairem da caixa, da rotina. Tenham a mente mais aberta para terem uma consciência muito maior da razão da vossa existência. Os indianos usam o termo Namastê que significa, o Deus que em mim habita saúda o Deus que habita em você. Que absurdo, só existe um Deus, seja chamado de Deus, Jeová, Alá, etc. Sim, mas este Deus não é aquele ser barbudo que senta num trono com Jesus ao seu lado. Sou católico mas o espiritismo tem me mostrado muito mais do que isso. Deus é a energia que move o universo, está em cada partícula e está dentro do nosso coração, é Amor em cada um de nós. Por isso quem somos nós para criticarmos os outros, dizermos que estão errados na sua vida? Nós estamos certos? Nós somos melhores? Quando vermos cada um dos outros como um ser que carrega essa energia divina na sua alma e que tem um objetivo de evolução aqui na terra entenderemos melhor os outros, seremos menos egocêntricos. Quando rezamos, façamos por nós, mas também pelos outros, que aquele caminho nesta escola terra seja o melhor para subirem de patamar e chegarem mais perto do Deus. Nunca demiti ninguém nos meus empregos, sempre tentei mostrar o que aquele ser tem de bom e o que precisa melhorar, faço a minha parte para ajudar na sua evolução. Mas o cara é anti-ético, ganacioso, faz o que puder para subir na carreira, etc. Façamos o nosso, mostremos os caminhos. Se esse ser não aprender, vai entrar numa conta negativa no universo caso escolha o caminho errado e esse débito com certeza será debitado. Paremos de achar defeitos nos outros, de os criticar, fofocar dos outros, entendamos que eles são parte de algo muito maior, do qual também fazemos parte. Não somos mais ou menos do que os outros. Para reflexão...

domingo, 21 de outubro de 2012

Desabafo

O sucesso não é medido pelos patamares alcançados, mas pelos obstáculos superados para chagar lá - Booker T. Washington

Às vezes me pergunto, com toda a minha experiência e conhecimento não deveria estar como diretor de uma empresa? Será que não tenho condições melhores do que muitas pessoas que estavam ou estão com nível hierárquico acima do meu? Talvez a afirmação do Booker acima me responda. Não interessa o patamar que estou, mas o que aprendi e evoluí para chegar onde estou. Em menos patamares talvez tenha evoluido muito mais. Uma vez, após dar uma palestra num grande seminário em São Luís do Maranhão, um sargento da FAB meu amigo me disse que eu parecia petulante, orgulhoso, para quem não me conhecia, como se quisesse mostrar que sabia mais do que os outros. Entendi. A minha enorme vontade de ensinar, de ser útil, de passar aos outros minha experiência e até a enorme vontade de também aprender, me fazia parecer esse monstro. Até hoje, algumas vezes eu me pego cortando alguém que está falando para dar o meu "pitaco". É que quero ajudar a pessoa no seu raciocínio, é errado, mas é o meu jeito. Não estou querendo mostrar que sei mais, quero dar apenas um empurrãozinho ao pensamento dessa pessoa. É o primeiro perdão que peço neste texto. Este jeito pro-ativo demais, de euforia já está identificado e tento controlar, algumas vezes escorrego como o trabalho que dei ao meu diretor Manis a semana passada com um desabafo meu via e-mail. É o segundo perdão que peço, detesto ser chamado à atenção na frente de outros, ter o meu ego ferido, mas eu erro, todos erramos e devo ser alertado por isso e aprender a aceitar. Perdoo o meu ex-gerente Irgang da Embraer que me perseguiu até com assédio moral, contudo peço mais perdão ainda a ele, pois o principal culpado fui eu que não soube lidar com a autoridade que eu tinha como agente de segurança de vôo e lhe dei problemas. Subiu á cabeça, aliada com  a educaçãio e ética que tenho, exagerei. Hoje depois de ser gerente industrial e gerente da Qualidade sei o que ele queria fazer comigo. Me perdoe Irgang e também o perdoo por não ter sabido me direcionar. Hoje eu aprendi como identificar os pontos negativos dos meus subordinados e os ajudar a serem melhores. A algum tempo eu identifiquei um grande profissional me passando vários problemas e até pensei em demiti-lo. Conversei, abri o jogo, lhe mostrei o caminho e, mesmo com receio, confiei mais uma vez nele. O que alguns não fizeram comigo. Posso me arrepender? Nunca me arrependo do que faço e sim do que deixei de fazer. Que o meu espirito aprenda, evolua. A todos o meu perdão pelo que me fizeram e a todos peço perdão pelo que fiz. Sinto-me com tanta vontade de fazer, de ajudar, de ensinar, de passar experiências, que ás vezes pode parecer que estou querendo aparecer. Não preciso, o meu patamar é outro.