Temos de montar um equipamento grande numa sala. Primeira pergunta, vamos
montá-lo fora ou dentro da sala? E para entrar com o equipamento? Podemos?
Quais os riscos? Numa das empresas que eu trabalhei criamos um plano de riscos
para o processo de engenharia onde identificávamos os riscos (Risk Assessment),
análise dos riscos (Risk Analyze) e a gestão dos riscos com ações mitigadoras
(Risk Management) para que ou se minimize os riscos identificados ou os
elimine. Com perguntas simples conseguimos nos prevenir de muitos problemas,
retrabalhos, prejuízos. E o que se vê hoje?
Vemos profissionais que correm, correm e no fim não fazem nada,
parecem cachorros que correm atrás do rabo. E o pior, vemos esses profissionais
serem valorizados como se eles trabalhassem mais do que os outros. Eles fazem hora
extra, vivem correndo pelos corredores, identificam facilmente os problemas, os
divulgam por todos os outros como se mostrassem preocupação com a empresa,
contudo ao divulgar não oferecem sugestões para eliminar o erro. E assim vão
aparecendo como aqueles que fazem. Não fazem é nada, meçam resultados desses
profissionais e verão que eles só contribuem para o estresse, para a cultura do
apaga incêndios. Agora vejam o profissional que planeja. Que para e pensa, ele
consegue identificar possíveis causas, aliás, ele já identifica os problemas,
riscos, fazendo com que muitos desses problemas não surjam. Só que a direção vê
um profissional lerdo, que demora para reagir, que não veste a camisa as empresa.
Que burrice, o bom profissional pensa no futuro da empresa, não é bombeiro que
só apaga incêndios, ele busca onde está o foco dos incêndios, ele é
preventivo e já corta o possível princípio do incêndio. Enquanto isso, o outro
está lá correndo pelos corredores fingindo que trabalha, até o faz, mas não
consistentemente, não com foco na sustentabilidade da empresa. É aquele que
gosta de jogar m... no ventilador, mas
dar solução que é bom, nada...
Estamos numa sociedade de consumismo, de agilidade nas comunicações,
de integração mundial, de necessidade de respostas rápidas e esse profissional
parece que se encaixa bem nesse perfil, aqueles que respondem rápido, que
atendem logo o cliente. Mas será que o cliente
foi atendido em longo prazo ou apenas se enganou o mesmo e o problema vai
aparecer novamente?
Planejamento é o principal foco de qualquer profissional, ter uma
visão de riscos, saber prevenir as coisas. Vemos exemplo de “recalls” acontecendo,
vemos tantas reclamações nos órgãos fiscalizadores, enfim vemos tanta
insatisfação do mercado devido a profissionais que querem todos os ovos de ouro sem cuidar da galinha que os põe.
Senhores presidentes das empresas, cuidado quem vocês valorizam. O
bombeiro, ou o segurança?
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