sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resistência a mudanças

Hoje escutei um comentário na Jovem Pan a qual eu já havia me questionado. O presidente americano Barack Obama havia recomendado que o presidente brasileiro Lula mediasse um acordo com o Irã em relação ao problema nuclear. Agora a Hilary Clinton, braço direito do Obama vem contra o rumo do próprio presidente criticando o acordo. Será que o presidente Obama pode demitir a Hilary? Nem sempre podemos nomear ou contratar quem não podemos demitir? Existe alguém insubstituível?
Levemos este cenário para dentro da empresa. Sempre que queremos implantar mudanças dentro de uma organização teremos aqueles que facilmente se adéquam, temos aqueles que, ao perceber os resultados melhores ou possibilidade de crescerem juntos e vão se aliando ao projeto. Porém temos aqueles resistentes a mudanças. Estes costumam criar o negócio próprio dentro da organização. Não necessariamente de dinheiro (o que seria mais grave), mas de objetivos, metas próprias. Criam o seu mundo, a sua empresa e se isolam, criam barreiras e atritos quando os outros tentam apresentar as mudanças. Tornam-se aqueles ranzinzas, aqueles que todos sabem que vão tomar “porrada” se até chegarem perto. Alguns desses resistentes percebem com o tempo que a empresa inteira está rumando para a mudança e eles, ficando para trás, ou se adéquam ou saem da organização. Eles mesmos não se sentirão com clima favorável e sairão por conta própria. O problema é quando um deles é como a Hilary, um intocável. Aquela mini empresa dentro da empresa começa a ditar regras e a diretoria da empresa não faz nada, afinal aquele profissional foi contratado e não pode ser demitido. O que vale mais, a sustentabilidade da empresa ou perdermos um profissional, que pode até ser ótimo, mas não quer seguir os objetivos da empresa e ainda ele contamina os outros? Todos falam que é até difícil falar com aquele profissional, mas não se faz nada. Até para apresentar sugestões e recomendações temos medo de nos aproximarmos para lhe apresentar. É uma defesa auto-instintiva dele para se manter no seu micro-império.
Ninguém é insubstituível, nem A Hilary e nem mesmo o Obama, quanto mais aquele profissional que não quer vestir a camisa da empresa. Aquele que sempre diz “fiz a minha parte, daqui para frente os outros que se virem, desta parede da minha sala para lá não é problema meu, etc.”. Mudamos a empresa, mudamos o profissional resistente, nos mudamos e a empresa continua daquele jeito?

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