Costumo muito usar o e-mail para difundir conceitos, passar a minha experiência e conhecimentos, enfim alcançar o máximo de pessoas ao mesmo tempo. Até me apelidaram de escriba. Como profissional da Qualidade muitas vezes preciso ensinar caminhos para a melhoria contínua dos processos e organizações, preciso ajudar na mudança da cultura, de fazer os profissionais melhores e o e-mail ajuda muito.
Contudo o e-mail também pode se tornar um inimigo da Qualidade quando começa a se tornar um meio de comunicação para resolver problemas. Alguém inicia a língua de e-mails levantando um problema, outro entra dando a sua opinião, outro reclama de mais algo, outro pede para acrescentar mais e copia mais outros que também aumentam o assunto. Quando percebemos nem sabemos mais qual o assuto principal, perdemos o foco.
Pior, começamos no e-mail a definir ações, responsáveis, identificar causas, levando um imenso tempo perdido entre cada envio e resposta entre e-mails. E o cliente ou atingido pelo problema aguardando uma solução. O e-mail não é ferramenta para solução de problemas, apenas para comunicação, passagem de informações, levantamento de probemas, registros para evidenciar algo, etc.
Quando na sua organização um e-mail for e voltar na sua caixa de mensagens mais de 2 vezes sem um objetivo definido imediatamente convoque ua reunião com todos os envolvidos e, aí sim, frente a frente, identifique o evento, objetivo, causas e plano de ações (quem, como, quando). Faça a Ata da Reunião e aí volte ao e-mail para divulgação da Ata, ou seja 3 e-mails no máximo e não 10 como eu já vi.
Não esqueça que o processo de comuicação mais eficaz exige que se tenha certeza do entendimento da mensagem enviada e no e-mail não sabemos se o colega entendeu realmente o que queremos, imaginem para identificar causas e planos de ações...
terça-feira, 23 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Pirâmide de Moslow
Gosto muito
de usar a pirâmide de Moslow para identificar em que fase eu estou na vida,
seja pessoal ou profissional. Também ajuda a entender porque os meus colegas ou
membros da minha equipe se comportam de certas maneiras. Costumamos viajar por todos os patamares da
pirâmide ou por alguns deles e não só estamos num em particular, dependendo do
nosso dia a dia. Mas um deles, pela nossa experiência de vida é o mais
importante. Entre a base chamada
fisiologia e que é fundamental para a nossa existência e a realização pessoal
está toda a nossa vida até o momento. Em algum momento precisamos de segurança
num acidente, precisamos buscar um emprego, tivemos que cuidar do corpo, isto
mesmo estando já no topo da pirâmide. Tivemos de voltar lá embaixo, nos
lembrarmos de que somos frágeis.
Temos uma
família maravilhosa, mas não temos respeito no trabalho, não somos reconhecidos
pelo grupo. Somos seres grupais, precisamos viver em comunidade, sermos
reconhecidos, gostamos de receber elogios. Logo ao chegarmos ao patamar da
Estima estamos nos sentindo úteis para a comunidade. Tanto este patamar como o
do Amor/Relacionamento estão muito interligados e influenciam um ao outro. Se
estivermos felizes em casa transmitimos isto na comunidade e vice-versa, pelo
menos na maioria das vezes. É nestes dois patamares que devemos estar na fase
atual de desenvolvimento da nossa sociedade. Claro que ás vezes voltando aos
patamares anteriores dependendo do momento. Se sofrermos um acidente numa
estrada, no meio do nada, teremos os patamares de Segurança e Fisiologia
altamente priorizados, lá vamos querer saber dos outros.
Como você se
vê? Onde você está na maioria dos seus dias? O que você faz para galgar um
patamar e subir na pirâmide? E se é um líder, sabe identificar onde os membros
da sua equipe se encontram e o que precisam para subir na pirâmide e ajudar o
time a subir também?
Toda a minha
experiência de vida pessoal e profissional me colocam no topo da pirâmide.
Claro que não sou demagogo em dizer que não quero um emprego e salário bons
(Segurança), que não quero amar a minha esposa e manter a nossa intimidade, que
não quero ser reconhecido pelo que faço, mas a vida tem me ensinado a escalar
os patamares e a querer ajudar os outros a me acompanharem. A moralidade, a
ética, o entender o que me cerca, a aceitação de que estou aqui para seguir um
plano que eu mesmo determinei ao vir para este mundo, o entender o outro como
um semelhante com os mesmos defeitos e qualidade do que eu. Não é mais nenhum
dos pilares abaixo da Realização Pessoal que me faz sair dele a não ser por
momentos de necessidade. Este topo da pirâmide já é o meu patamar e quero que
todos os meus me alcancem para entenderem o que é ser completo... A idade, a
experiência de vida em guerra, amor, ódio, vingança, soberba, doenças dando
alerta que você está precisando mudar, companheirismo, tudo isto nos ajuda a
mudarmos e evoluirmos. Reflita e tente
se achar na pirâmide... Crie um plano para galgar os patamares e chegar ao topo
onde todos deveríamos estar se soubéssemos identificar nossos pontos fracos e
os trabalhássemos...
domingo, 7 de abril de 2013
Importância do Planejamento
Importância do Planejamento
Temos
percebido inúmeros produtos tendo de passar por “recalls” porque houve
problemas no projeto, alguém se esqueceu de identificar algum risco e criar uma
ação preventiva (mitigação) para aquilo. Precisávamos lançar aquele produto no mercado
para vencer a concorrência e precisávamos ser velozes. Adiantou? O que ganhamos
de rapidez nós perdemos em dinheiro e, pior, comprometemos a imagem do produto
e da empresa diante do cliente final. Isto não vale só para produtos
propriamente ditos e sim com processos, com mudanças na nossa organização,
projetos em geral, etc. O que fazer? Investir mais no planejamento inicial, ali
é hora de gastar dinheiro, tempo, esforço. Vamos entender melhor olhando a
figura abaixo.
Todo
o produto, seja produto, processo, mudanças organizações, etc., tem 4 fases que
começam na introdução, crescimento, maturidade e declínio. Se investirmos
pesado na introdução os custos serão menores em questão a perdas do que se
tivermos problemas com o produto na sua fase de maturidade. O prejuízo será
grande se tivermos de fazer mudanças nesta fase. Quando está na fase de
declínio, pior ainda, prejuízo maior, estaremos gastando já sem retorno
merecido.
Então
o que fazer? Vamos parar de fazer as coisas às pressas principalmente na hora
do início do produto, ou seja, no projeto. É no projeto, antes da introdução do
produto, que devemos trabalhar mais, em grupo, envolvendo a área de suprimentos
para que alerte sobre os “lead times” dos fornecedores, preços, etc. Envolvendo
a Qualidade para que defina os testes necessários do protótipo, riscos do
produto, ações mitigadoras, etc. Envolvendo a Produção para que se programe
para fabricar o protótipo e depois os lotes piloto e lotes de série. Mas o
projeto não se aplica só a um produto propriamente dito. Projeto é todo o
conjunto de tarefas para obter um resultado com um início e um fim
determinados. Vejam na figura abaixo as fases de um projeto.
Através
de ferramentas de gestão de projetos como o PMBOK, “Project, Management Body of
Knowledge” do PMI, “Project Management Institute” pode se criar um projeto com plano
de comunicação reforçando as interfaces dos processos, plano de riscos,
cronograma, etc. Isto torna o projeto mais seguro, sem, no entanto, prejudicar
a sua velocidade. Melhor, teremos o histórico do projeto com lições aprendidas,
“lessons learned” que ajudarão outros projetos. Tudo isto para dizer que
devemos “perder” tempo e esforço no início, no planejamento. Ali podemos gastar
mais para que tenhamos um produto sustentável, forte no mercado. Isto, reforço,
vale para qualquer coisa que estejamos pensando em criar, até mudanças na nossa
organização. Queremos sucesso? Façamos um planejamento adequado, identificando
todas as possibilidades de haver problemas (riscos), envolvamos todos os
processos e profissionais chave. Em grandes empresas e projetos usam-se
ferramentas avançadas como DFMEA, PFMEA, FTA, etc. Mas o foco deverá ser um
Planejamento adequado, sem pressa. Na figura acima vemos que as despesas
maiores num projeto costumam ser na execução do projeto e devemos entender que deveríamos
gastar mais na fase de iniciação e do planejamento para que os erros sejam
minimizados logo no início tornando mais barato o projeto. Depois que o
protótipo foi feito levantamos o problema de uma peça que necessita mudar o
material, já pensaram os transtornos com novo fornecimento, novos testes? Vamos
pensar nisto antes de começarmos a criar desenfreadamente alguma coisa?
Carlos
Filipe dos Santos Lagarinhos
Engro.
Industrial Mecânico, Auditor
(11)996512289
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