domingo, 15 de novembro de 2009

Capital Humano

Hoje estava assitindo uma palestra, na Management TV, do sr. Jeffrey Pfeffer especialista em "Human Capital" e percebi o quanto eu tenho tentado aplicar as suas idéias. Tenho observado inúmeras empresas e líderes falando em redução de custos e o primeiro alvo deles é o capital humano. "Vamos cortar despesas, senhores gerentes, cortem 10% do seu quadro". Como disse o sr. Jeffrey, "melhor fecharem a empresa", pois é uma idéia burra (estas já são palavras minhas). É no capital humano que reside o futuro da empresa. Se souberem investir e conscientizar cada um sobre o seu comprometimento com a sua empresa verão que a mesma sairá da situação complicada. Em todos os processos sempre vemos inúmeros desperdícios e oportunidades para tornar a empresa mais eficiente. Então, em vez de partir para a redução de custos cortando o que a empresa tem de mais valioso, cortem os desperdícios. Identifiquem nos processos quais atividades realmente agregam valor para o cliente, o que não agrega, cortem. Até mesmo as atividades que agregam valor têm oprotunidades para serem mais enxutas. Quantas vezes, auditando a empresa, eu percebi atividades sobrepostas, repetidas. Aí o líder pensa, "legal, achei o problema, vamos eliminar esta atividade repetida e podemos cortar esse funcionário tendo uma redução de despesas", medida burra. Pegue esse "know-how" e o desloque para outra atividade e aproveite. Capital humano é investimento, não custo. Outra coisa que eu tenho percebido, "vamos demitir esse cara, o salário está alto e podemos contratar outro com salário bem menor", mais uma medida burra. Quando você quer reduzir custos baixando salário você está assuindo riscos de competências bem mais fracas. Estará com certeza reduzindo custos, mas futuramente terá maiores despesas, seja por falhas desse funcionário com menos experiência, seja por falta de conhecimentos e experiências que se foram embora e poderia ser muito úteis no momento crítico que a empresa passa. Não esqueçam que conhecimento e experiência são muito mais valiosos do que a redução de custos momentânea. Capital humano é o fator de crescimento e sustentabilidade (não ambiental, mas sobrevivência no mercado) mais importante de uma empresa.
Tenho escutado que o meu currículo é muito bom para o que a empresa procura, medida burra, ainda mais que eu mostro não ser o salário o meu foco.
Uma empresa deixa de investir em capital humano experiente porque acha que o profissional tem conhecimento e experiência demais, pensando em redução de custos. Nem lhe pergunta o quanto vai custar essa experiência e conhecimento.
Voce vai reformar a sua casa e contrata aquele pintor mais barato do mercado visando uma obra com custos reduzidos. Após um ano a pintura está cheia de umidade embolotando toda, pois o pintor não deu o tempo necessário entre demãos (não tem a experiência e nem o conhecimento devido), usou tinta barata, etc. Que redução de custos burra.
Quando as empresas e os seus líderes começarão a pensar mais preventivamente, pensar lá na frente e não no imediatismo? Se eu tenho a chance de contratar um profissional experiente e com conhecimentos para melhorar, para dar um incremento na minha empresa eu o contrato imediatamente. Invisto no capital humano e corro, com a ajuda dele, atrás de reduzir custos nos lugares e pelas maneiras mais eficientes. Cortar pessoas, ou contratar mais baratas, é atacar o capital humano e este é um valor agregado para o cliente. Nunca se corta o que agrega valor ao seu produto. O fator humano é o que uma empresa tem de mais importante, os processos, as atividades dentro dos processos, tudo na empresa é feito de gente e esta deve ser a mais valorizada.

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