quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O poder do poder

Quantas vezes nos deparamos com pessoas com poder, mas que não o sabem usar. Isto tanto no profissional como no pessoal. Aquele parente que conseguiu, muitas vezes até mesmo pelo seu reconhecido esforço, crescer na vida, ficou poderoso e começa a aplicar esse poder. Pior, se é empresário, começa a misturar a sua aplicação de poder profissional no ambiente familiar. Começa a tratar os seus familiares como funcionários da sua empresa. Isto sem contar que nem sobre os seus funcionários ele está aplicando corretamente o seu poder. Na família, quando não é respeitado este poder, essa pessoa não pode demitir o seu familiar, mas pode começar a tratar com desprezo, um velado assédio moral, a fazer de conta que o familiar não passa de um nada. Dá ordens como um funcionário para que seja obedecido e se o familiar não obedece ocorre a briga. No plano profissional trata os seus funcionários como peças, máquinas da sua empresa. Essa pessoa trata a todos como suas marionetes, fáceis de comandar. Basta, na sua empresa, ameaçar o emprego, ser ditador e, na sua família, usar o dinheiro, o poder, para corromper os familiares diante das suas necessidades. Uma verdadeira moral e chantagem financeira. O poder pode ser aplicado desta maneira, até funciona, mas por um tempo. O detentor deste tipo de poder mal aplicado começa a ser odiado, a ser um solitário, vivendo só ele e o seu poder. No plano familiar percebemos este detentor de poder brigando com todos da sua família, sem exceção. No plano profissional percebemos este detentor do poder odiado e respeitado apenas pela força. A grande diferença entre um líder e um simples gerente ou empresário é justamente a aplicação do poder da sua posição. O líder sabe primeiro identificar as necessidades e expectativas dos seus pares profissionais ou familiares. Sabe identificar os seus pontos fortes e fracos e lidar com eles. Tratar as pessoas como parceiras e não subordinadas. A sua equipe e sua família são um conjunto de pessoas e não de máquinas ou móveis que esse detentor do poder pode empurrar daqui para lá e de lá para cá. Se ele souber tratar essas pessoas como pessoas elas o seguirão e nem precisará levantar a voz. O poder não se impõe, se conquista. A essa pessoa é dada uma responsabilidade pela vida ou pela profissão e será cobrada pelos resultados dessa responsabilidade de acordo com a autoridade que ela usou, se foi como simples aplicação de poder ou uma verdadeira liderança. Essa pessoa prefere ter cordeirinhos obedientes ou prefere ter ao seu lado pastores que conduzam a sua família ou a sua empresa? Quem vai ganhar com o poder bem aplicado é essa pessoa. Vemos vários casos de assédio moral de patrões em cima de funcionários, assédio moral de pessoas que usam os seus familiares em benefício próprio, como criados e enquanto esse poder não for mais bem aplicado, continuaremos vendo poderosos solitários, ricos, com tudo e sem nada.

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